quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Vale do Moxuara




À 18 kilômetros de Vitória, é um espaço de contato com a natureza, com lagos, trilhas ecológicas, horta e criação de diversos animais.


Uma delícia de lugar para se passar o dia com a família, longe dos blocos e do carnaval, em meio a natureza.

Localizado em Cariacica, segundo município mais populoso do estado do Espírito Santo e com maiores desafios social, guarda em meio ao seu dia-a-dia agitado, preciosidades pouco exploradas e conhecidas. Florestas nativas, quedas d’águas, lagos e fazendas recheadas de histórias.

Um dos montes mais imponentes da região metropolitana, fica ao lado do Mestre Álvaro na Serra, e do morro do Convento da Penha em Vila Velha. O granito tem 724 metros de altitude e possui em seus limites uma biodiversidade valiosa. Morada de espécies ameaçadas, como o araçá do mato, pau d’alho, cobi da serra, cobi da pedra, jeriquitim e jeriquitibá, sua fauna é composta pôr beija-flores, pica-paus, lagartos e outros bichos.

No passado, o Mochuara abrigou Índios que perderam batalhas para os colonizadores brancos no litoral. Mais tarde foi a vez dos negros escravos das fazendas e engenhos de cana-de-açúcar, buscarem proteção em sua imponência. Sem poder participar da festa que ouviram do Morro da Penha em Vila Velha para festejar Nossa Senhora, as cariaciquenses de outras décadas se mobilizaram para procissões que com o tempo, ganharam vida própria, animadas por bandas de congo especialmente da região do Mochuara.

A grandiosidade do Monte, que o destaca dos demais, serviu de referência para os viajantes e aventureiros do primeiro século no Brasil colônia, que percorriam os sertões do Espírito Santo em busca de novas terras e de riquezas minerais.

Existem duas versões para o nome do rochedo: Na linguagem indígena, Mochuara quer dizer pedra irmã. Já nos relatos históricos a denominação deve-se aos corsários franceses que aportaram na baía de Vitória no século XVI. Como a neblina que encobria o monte lembrava um imenso pano branco para os homens do mar. Daí a expressão mouchuir. A palavra que significa em francês lenço, se pronuncia “muchuá”.

Do monte descia o rio Carijacica, na língua tupi, chegada do homem branco que mais tarde deu o nome ao município, quando foi suprimida a letra J. As nascentes localizadas no Moxuara deságuam nos rios Formate e Bubu.

Em função da topografia e tamanho da estância, o atual proprietário, optou pela criação de peixes, cabras e carneiros À medida que uma área era explorada, iniciava-se o reflorestamento de plantas nativas e frutíferas no local. Desta forma, iniciou-se um trabalho educativo, recebendo estudantes de escolas agrícolas e também fazendeiros interessados na criação de cabras.

“O Vale do Moxuara é hoje modelo de Preservação e aproveitamento sem nenhum tipo de agressão ou devastação do ambiente. Tiramos da Terra o que ela nos oferece e devolvemos o que ela precisa, cuidamos de seus rios, lagos, matas e animais. Reflorestamos, preservamos, trabalhamos e amamos muito. E para demonstrar esse amor pela natureza dividimos com as pessoas que gostam da vida no campo, esse presente que Deus nos deu que é o Vale do Moxuara”. (Margarete Lopes Faria de Freitas)

Para minha família foram dois dias de descanso e lazer, na piscina de água natural e fundo de pedra, escaladas e trilhas, churrasco que incluia carne de javali e carneiro, passeio de caiaque e pescaria. Só saíamos ao por do sol!



Um comentário:

Anônimo disse...

Quelugar lindo Malu!!!!!!!!!!!!!!!!!
Beijos!